Ataques serão da autoria dos rebeldes das Forças Democráticas Aliadas Ugandesas (ADF).
Pelo menos 39 civis foram mortos no domingo à noite num ataque a duas aldeias no nordeste da República Democrática do Congo, segundo um grupo de peritos.
"Pelo menos 20 civis foram mortos na aldeia de Boga e pelo menos 19 na aldeia de Tchabi (território Irumu, na província de Ituri) desde ontem à noite (domingo) até hoje", de acordo com o Barómetro de Segurança de Kivu (KST).
Em Boga, dois funcionários locais, entrevistados pela agência AFP, relataram 36 mortos, mas este número não foi confirmado por fontes independentes.
Os assaltantes atacaram o sítio Rubingo IDP, não muito longe do centro de Boga, disseram as fontes, acrescentando que os corpos ainda estavam a ser contados.
Entre as vítimas do ataque dos Tchabi estava a esposa do chefe da chefatura Banyali-Tchabi, indicou a KST.
Um líder da sociedade civil local atribuiu as mortes aos rebeldes das Forças Democráticas Aliadas Ugandesas (ADF). Contudo, a região é também marcada por fortes antagonismos entre os grupos étnicos locais.
As duas aldeias atacadas, a cerca de 10 quilómetros de distância, encontram-se na fronteira entre o Kivu Norte e Ituri, numa zona fronteiriça com o Uganda, onde se sabe que a ADF está ativa.
A ADF é um dos grupos armados ativos nesta região, que tem sido flagelada pela violência, há quase 25 anos.
Originalmente rebeldes muçulmanos ugandeses que se estabeleceram na RDC, em 1995, a ADF é de longe o mais mortífero dos 122 grupos armados identificados no leste do Congo pelo KST.
A 11 de março, os Estados Unidos colocaram a ADF entre os "grupos terroristas" afiliados aos jihadistas da organização Estado Islâmico (EI).
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